SEMENTES E ETERNIDADE

“SEMEAR A TERRA
CERTO DE COLHER,
DA SEMENTE O FRUTO
DEPOIS DESCANÇAR”

SEMENTES E ETERNIDADE 2017

O importante para mim nesta mostra não é tanto o tema, mas a busca de um nome sugestivo e o diálogo que o expectador possa manter diante da obra. O meu lado ecológico, surge no momento em que componho a série: “Entranhas da vida vegetal” a partir de 1987. Aí começo a fazer uma reflexão sobre a semente que – há mil anos, morta num jazigo, dando-lhe tratamento ela revive. Revive em raiz, caule, tronco, ramos, flores e frutos – e, renasce aqui neste momento em semente outra vez em minha obra.
O mais, peço emprestado as palavras do poeta: “Não faço versos por vaidade literária. Faço-os pela mesma razão porque o pinheiro produz resina, a pereira peras, e a macieira maçãs – simples fatalidade orgânica”.

Fúlvia